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» Home » Crónicas e Artigos » Dr. Fernando Morgadinho Santos Coelho » Epilepsia e Crise convulsiva, o que saber, o que fazer e o que não fazer...

 

Epilepsia e Crise convulsiva,
o que saber, o que fazer e o que não fazer...

 

Há muita dúvida na população geral quando se fala em epilepsia e em crise convulsiva. Vamos tentar esclarecer para o leitor. Crise convulsiva é um fenómeno que é caracterizado por movimentos involuntários de todo ou parte do corpo, associado a rigidez da musculatura, salivação e liberação de urina. Qualquer pessoa pode ter uma crise convulsiva em situações especiais como no trauma de crânio, em situação de uma glicose sanguínea excessivamente baixa, abstinência de álcool ou em graves distúrbios de alguns componentes do sangue como alterações do cálcio, magnésio ou potássio. Por outro lado, a epilepsia é uma doença neurológica que predispõe, a pessoa acometida deste mal, a ter episódios repetidos de crises convulsivas. Em resumo, o epiléptico é um paciente que possui um distúrbio no Sistema Nervoso Central que predispõe a crises convulsivas.

A epilepsia pode estar presente até 1% da população, dependendo da faixa de idade, da geografia em que vive e da cultura. Existem actualmente mais de 40 diferentes tipos de epilepsia classificadas, cada uma com características diferentes e tratamentos específicos. A história de pessoas com epilepsia vem de muitos anos atrás. Na época da Roma antiga, uma crise convulsiva era sinal negativo dos Deuses. Toda vez que havia um comício acompanhado em que algum espectador que apresentasse uma crise, o mesmo era interrompido. Daí surgiu termo pós-comicial, ou seja, após a crise/comício. Jesus Cristo ordenou ao epiléptico para jejuar no deserto. Hoje sabemos que o jejum pode combater as crises, em certos tipos de epilepsia, através da formação de substâncias chamadas de corpos cetónicos.

A epilepsia vem acompanhada de interessantes e históricas personagens. Van Gogh era epiléptico e muitos atribuem às exuberantes cores, em suas obras, a um efeito colateral de um medicamento usado naquela época para o controle das crises, o digital. Machado de Assis também era epiléptico e muitos outros mais.

O importante é que a população saiba como identificar e agir durante uma crise convulsiva, seja de uma pessoa portadora de epilepsia ou após um acidente. Por exemplo: primeira medida é não tentar abrir a boca do paciente, nem tão pouco enfiar algum objecto para tentar mantê-la aberta. A pessoa fica azulada por falta temporária de oxigénio, mas a principal razão não é a mordedura da língua, mas sim a contracção da musculatura que impede a pessoa de ter os movimentos respiratórios adequados. A manipulação da boca da pessoa não vai resolver o problema.

Primeiro passo, a identificação. A pessoa não responde ao ser chamada e inicia contracção da musculatura, abalos e começa a ficar azulada, com perda de urina e com salivação importante. Estamos diante de uma crise convulsiva, ligue chamando o serviço de emergência. Até à sua chegada tente acomodar a pessoa em uma posição deitada, sem bater em qualquer objecto para evitar traumatismos. Alivie roupas apertadas, cintos ou gravatas que possam contribuir para asfixia ou lesões. Não manipule a boca da pessoa, pelos motivos referidos anteriormente. Normalmente as crises convulsivas se resolvem espontaneamente em 5 minutos. Quando isto não ocorre podemos estar diante de um chamado estado convulsivo com maior risco e severidade para a pessoa.

Mantenha a calma e chame ajuda. Neste caso das crises convulsivas, o mais importante é evitar tomar medidas impensadas com maiores prejuízos para o paciente.

 

 

 

 

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